Não é raro encontrar contextos de bullying nas escolas. Basta parar para observar com um pouco mais de cuidado e facilmente observamos atos de agressões frequentes a vítimas.
Mas aonde está o problema? Será que as 'crianças de hoje em dia' é que estão mais maldosas e respeitam menos?
Pesquisas revelam que, apesar de estar sendo reproduzido na mídia com mais frequência atualmente, o fenômeno não é tão recente. Há registros de estudos sobre o assunto desde as décadas de 70.
O fato é que as consequências para as vítimas são tão terríveis que o olhar acaba se voltando todo para elas. Mas, o que questionamos é:
O que será que tem mantido o comportamento agressivo daqueles que praticam o bullying nas escolas?
Em nossa pesquisa científica investigamos o que facilita a ocorrência de bullying, ou seja, a causa do problema. Encontramos inúmeros aspectos bastante interessantes (nós como pesquisadoras do comportamento temos fascínio por desvendar essas complexidades). E certamente, poderíamos passar horas falando sobre o que desvendamos.
Mas hoje citaremos brevemente apenas um dos fatores: o poder que os pais e cuidadores tem na manutenção desse problema. Não vamos entrar nos aspectos educacionais desde a primeira infância (que, sem dúvidas, tem influência muito grande na forma como o/a filho(a) se comporta). Vamos falar da falta de cuidado em olhar para os atos de agressão como algo sério. E, frisamos: "não, não são comportamentos normais de criança."
Cuidado (pais e cuidadores) em relação ao que valorizam no comportamento da criança!
Esse vídeo ilustra de forma interessante o que estamos falando aqui. Ele foi produzido por Mauricío Ricardo para campanha Anti-Bullying desenvolvida e divulgada por Serginho Groisman, apresentador do Altas Horas na Rede Globo.
Pense bem no que os seus atos podem estar reproduzindo. Somos responsáveis pela educação das crianças. E se elas estão se comportando mal, estamos permitindo que isso aconteça. Diga NÃO ao bullying! E nos ajude a erradicar esse problema, apenas, fazendo a sua parte!
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