28 de junho de 2011

Bullying na Web


O rapper 50 Cent vai lançar um romance sobre bullying na adolescência. De acordo com um comunicado, divulgado pelo site da MTV nesta segunda-feira (20), o romance em primeira pessoa está programado para chegar às livrarias em janeiro de 2012.


"Tive um forte desejo de escrever 'Playground', porque queria explorar a forma como uma criança se torna um tirano", disse o rapper. "Eu escrevi me baseando nos acontecimentos da minha infância e adolescência, mas estava animado para ver a história tomar vida própria. Este livro teria sido útil para mim. Agora que tenho um filho adolescente, meu objetivo é ter uma influência positiva nos jovens."

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21 de junho de 2011

Agora tudo é bullying?

Recentemente, recebemos comentários reclamando que nós escrevíamos sobre bullying, que bullying está na moda e etc. Bem, de fato, damos mais ênfase a esse assunto, afinal, este é um blog especializado no fenômeno bullying. Mas, nos tempos atuais, certamente podemos concordar que "falar de bullying está na moda". O que na época em que iniciamos nossa pesquisa científica sobre o assunto era bem diferente.

O fenômeno não é recente, como dissemos aqui (post: Bullying nas escolas - Como erradicar esse mal). Os primeiros estudos datam do início da década de 70, mas, somente, atualmente está em voga nos meios de comunicação e é assunto recorrente no meio escolar. 

Recebemos comentários dizendo que o bullying sempre existiu, que todo mundo já foi vítima de bullying, que os artistas aproveitam-se contando suas histórias para aparecerem na mídia e etc. Esses comentários parecem denotar que o bullying é uma coisa normal, e que todo alarde atual é desnecessário ou desproporcional à magnitude do fenômeno.

Não podemos ignorar o fato de que o assunto é, muitas vezes, banalizado e tratado ao pé da letra. Veja bem, nem tudo o que estão chamando de bullying de fato o é.

Entretanto, no contexto em que ele  realmente ocorre, o sofrimento das vítimas é evidente, e deve ser levado a sério. Consequências muito graves estão atreladas a esse tipo de vivência. Não é raro observamos no ambiente escolar e, muitas vezes, na prática clínica que alguns dos transtornos psicológicos dos pacientes atendidos estão, eventualmente, relacionados com episódios de bullying na idade escolar. (Claro que não é o único fator a ser levado em consideração, mas um agravante importante no desenvolvimento de problemas psicológicos).



Muitos apresentam problemas em relação a sua autoestima e autoconfiança, dificuldades em relacionamentos interpessoais, transtornos de ansiedade, fobias, depressão, entre outros. Um ponto importante a ser entendido, é que as agressões sofridas no passado podem estar correlacionadas aos problemas atuais encontrados na vida diária.
Então, conforme observamos nos comentários que recebemos, muitos podem considerar comum/frequente este tipo de agressão, mas de forma alguma se pode considerar normal ou natural, uma vez que produz consequências que perduram, muitas vezes, por toda a vida adulta.

Verificamos que a informação, atualmente, chega mais facilmente à população em geral (através da televisão, Internet, etc) e que até meados dos anos 90 não havia este acesso tão facilitado como hoje. Por isso, talvez essa sensação geral de exagero na disseminação da informação.

No entanto,  informação é fundamental, quanto mais for falado sobre o tema, mais e mais pessoas conhecerão o fenômeno, saberão das possibilidades de intervenção e, assim, poderão contribuir  no combate deste tipo de comportamento que causa tanto malefício para os envolvidos.

17 de junho de 2011

Campanha: Diga não ao Bullying (revista Capricho)

A revista Capricho, voltada para o público adolescente, tem um espaço em que divulga depoimentos de vítimas de bullying e matérias relacionadas ao tema. 

Muitas meninas e meninos enviam seus depoimentos os quais são publicados no site.  
Segue um deles: 


Foto meramente ilustrativa do site da Capricho
 A T. M., de 13 anos, era chamada de "gordinha", mas ao invés de ficar "em depressão", ela deu a volta por cima e resolveu enfrentar o problema.
“Sou meio gordinha e desde a 1ª série do colégio os meninos da minha escola me agrediam fisicamente e psicologicamente por causa disso.  Eu sempre fui excluída das atividades e era isolada por todos.  Eu só conversava com os professores , e apenas quando eles me perguntavam alguma coisa. Por causa das agressões, troquei de colégio muitas vezes, mas nada fazia parar. Chegou a um ponto em que fiquei muito doente, por causa do sofrimento que as agressões me causavam. Fiquei preocupada comigo mesma e pedi ajuda. Avisei meus pais sobre o problema e eles procuraram a escola, o que aumentou o diálogo sobre bullying com os alunos. Comecei  a frequentar uma psicóloga e uma nutricionista e hoje estou super bem.  Se você sofre com o bullying, na maioria das vezes quer fugir dele, se esconder, mas se não se abrir para o diálogo e não enfrentar isso, nunca superará o problema.”

Esses espaços são importantes pois, aparentemente, os adolescentes se sentem seguros ao relatarem suas histórias e, assim, além de demonstrarem todo sofrimento sentido, são também modelos de conduta, para outros que são vítimas de bullying que não sabem o que a fazer ou a quem recorrer. 
Ou seja, histórias de sucesso e superação das situações de agressão podem ser um alívio para as vítimas atuais, que muitas vezes não enxergam "uma luz no fim do túnel". Muitas vítimas podem sentir que toda agressão nunca irá cessar, mas ler histórias semelhantes às suas pode contribuir para que se sintam seguras para também contarem suas histórias e, assim, consigam ajuda!

Muitas vítimas podem sentir que os traumas causados são irreparáveis, mas nosso passado, apesar de contribuir na formação da nossa personalidade, não pode e não deve controlar o que fazemos no presente e, muito menos, ditar o que seremos no futuro! Se necessário, busque ajuda para "superar os monstros do passado" e, então, busque viver com o que o mundo te dá hoje!

"O passado não é passível de mudança, mas o futuro é uma mar de possibilidades!"

14 de junho de 2011

Bullying na Web




A 2° Delegacia de Crimes Contra Crianças e Adolescentes e Atos Infracionais, em Jaboatão dos Guararapes (Pernambuco), está investigando a morte de um menino de 12 anos que passou mal na última terça-feira (7), depois de comer um biscoito envenenado na escola onde estudava. De acordo com a assessoria de imprensa da policia civil, o caso está praticamente esclarecido


A delegada responsável, Mariana Vilas Boas, já ouviu aproximadamente sete pessoas. O envenenamento teria sido feito por duas estudantes também com idade entre 12 e 14 anos, que estudam na mesma escola do menino e teriam uma rixa com outras duas alunas. 

Elas compraram chumbinho, colocaram no biscoito e entregaram à vítima, que deveria dar a comida às outras meninas. O garoto comeu o biscoito e passou mal ainda na escola. Em casa, foi medicado pela mãe, mas piorou e foi encaminhado para o Hospital Geral de Prazeres, onde morreu.

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10 de junho de 2011

Bullying na Web


O uso de redes sociais por jovens fez com que uma entre cada seis crianças, com idades entre seis e nove anos, já sofressem de agressões verbais ou constrangimentos da web, chamado de cyberbulling, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (02/06).

(...)

"É preciso incluir uma cultura de segurança e de conscientização. 51% das crianças, entre seis e nove anos, usam algum tipo de rede social, 22% e-mail e 13%, mesmo menores de idade, já tem perfil no Facebook. Nós não ensinamos as crianças que o cinto de segurança é necessário? Da mesma forma, precisamos de ferramentas adequadas para o ensino sobre os riscos na internet", afirma JR Smith, presidente da AVG.

Matéria completa aqui

7 de junho de 2011

Caso: Juju Panicat foi vítima de "gozação" na escola

Muitos famoso dizem que foram vítimas de "gozação" frequente (bullying) durante os anos escolares. Juliana Salimeni, a Juju do programa Pânico na TV, afirmou em uma entrevista que foi vítima de bullying e contou como fez para superá-lo.



Eleita a dona das pernas mais belas que já passaram pela história da revista VIP, Juliana Salimeni, mais conhecida como Juju Panicat, é um exemplo de corpão sarado. E quem diria, como produto de uma estratégia para lidar com o bullying. Veja entrevista dada ao R7:

(...) 

Você tem estrias e celulites?
Celulites não, mas estrias, sim. Como eu era muito magra e cresci demais, a pele esticou e daí não tem jeito. Fiz tratamento [para as estrias], mas ainda tenho algumas nos glúteos.

Você era magra demais?
Muito. Comecei a fazer musculação e dieta [para ganhar massa] aos 16 anos. Odiava ser magra, era muito zoada na escola.

Então você ganhou esse corpão por causa do bullying?
Total. Eles [os alunos] me zoavam. Eu tinha as pernas finas. Até que falei: "chega. Vou mudar isso".

Matéria completa no R7

Essa foi a forma que a modelo encontrou para se esquivar das agressões sofridas. Na entrevista podemos perceber que ela encara a musculação e cuidados com o corpo como uma obrigação: 

"Não é fácil. Tem de seguir a dieta à risca, deixar de comer o que gosta, ir aos treinos sempre. Não adianta pensar que poderia estar fazendo algo melhor. É uma obrigação e ponto" (sic).

Neste caso, parece que a forma que a vítima de bullying  usou para se esquivar desse tipo de agressão foi trabalhar na mudança de sua forma física para evitar possíveis comentários maldosos. E isso tem se demonstrado em sua preocupação constante em manter-se distante da antiga forma física que lhe era fonte de "sofrimento".
Hoje a modelo é bastante conhecida pelos telespectadores do programa Pânico na TV, e admirada por vários fãs que hoje elogiam seu corpo. Conforme o relatado, nos parece então que, com muito custo, a sua estratégia de esquiva parece ter sido bem sucedida... 

5 de junho de 2011

O que havia antes do bullying? (Jean Wyllys)

Jean Wyllys de Matos Santos (baiano, 10 de Março de 1974), escritor e professor universitário, ganhou evidência nacional após ganhar o Big Brother Brasil de 2005. Em 2010 foi eleito Deputado Federal pelo PSOL (alçado ao Congresso Nacional pela votação do deputado reeleito Chico Alencar, que obteve 240.000 votos). O Deputado Jean, homossexual assumido, de acordo com seu discurso, não tem buscado veicular sua imagem ao programa de televisão BBB, mas a sua repercussão televisiva pode ter contribuído para divulgação de campanhas anti-homofobia e pelos Direitos Humanos dos Homossexuais

Vamos ao texto:

"Esta semana (artigo publicado em 08-07-2010), a Justiça condenou um estudante adolescente de Belo Horizonte a pagar uma indenização de R$ 8 mil por ter praticado “bullying” contra uma colega de sala de aula. Segundo os pais da vítima, o menino costumava chamar a garota de “tábua” e de “prostituta” e, não contente em lhe dar apelidos ofensivos, teria tentado cortar os cabelos da colega à força, levando-a a rejeitar o ambiente escolar.

Na época em que eu era colegial de escola pública, as violências verbal e física entre alunos ainda não tinha este nome – bullying – mas já existiam. Naqueles meus tempos de escola, as vítimas preferenciais do bullying eram os alunos afeminados, os negros, os gordos e as meninas, necessariamente nesta ordem; quando o aluno pertencia, ao mesmo tempo, a dois ou mais grupos estigmatizados (por exemplo, uma menina negra e gorda), ele sofria as violências com mais frequência e intensidade. Na época em que eu cursava o que hoje se chama de Ensino Fundamental, eu era constantemente vitima do bullying porque eu era sensível e afeminado.

(...) 

O combate ao bullying passa por políticas de educação que estimulem, entre os alunos (e também entre os professores!), os valores humanistas e o respeito à diversidade. Porém, para falar em diversidade, é preciso, antes, falar de identidade. O que é uma identidade ou o que é ter identidade?
Este conceito – identidade – está presente em nosso cotidiano e em nossas relações. E o objetivo de discuti-lo é justamente melhorar a qualidade de nossas relações. E quando falo em melhoria em nossas relações não me refiro apenas ao benevolente apelo à tolerância e ao respeito para com quem é diferente de nós; refiro-me ao reconhecimento da existência do outro, ao amor ao que ele tem de diferente."
O texto completo está disponível na página do Deputado.

3 de junho de 2011

Bullying na Web


"CAMPO GRANDE - Um estudante de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, começou esta semana a prestar serviços na escola onde estuda por ter praticado bullying contra um colega de 13 anos. Serão quatro horas por semana ajudando nas tarefas da escola e participação em palestras de combate ao bullying. Os pais do adolescente também terão de devolver R$ 500 ao jovem que pagava para não apanhar.

A delegada Aline Sinott Lopes da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij) que concluiu nesta quarta-feira (1º) as investigações. No total, seis alunos estão envolvidos e confirmaram a prática. O resultado da investigação será encaminhado, ainda nesta quarta-feira, para a promotoria da Infância e Juventude de Campo Grande.

A mãe do adolescente punido por cometer bullying disse estar surpresa com o comportamento do menino.
- Eu sempre dei carinho para ele e sempre o eduquei bem. Jamais imaginava que ele ia fazer isso - lamentou a mãe do agressor.

A família da vítima apoiou as medidas. "

Matéria completa aqui.

1 de junho de 2011

Pais fiquem atentos ao sinais de bullying em seus filhos

O que devemos observar no comportamento das crianças para descobrir se ela está sendo vítima de bullying? Para "onde e para o que" os pais devem olhar?

Vamos discutir aqui, algumas características que lhe darão essas dicas, e ainda, o que fazer em relação a isso.

É importante atentar se:
- a criança começa a ficar mais quieta e sozinha em casa;
- demonstra falta de vontade e desmotivação com atividades rotineiras e que lhe agradavam;
- tristeza e desinteresse em eventos sociais (poucos amigos; poucos convites para festa);
- evitação (que parecem ter começado de repente) de contextos escolares, muitas vezes, com queixas de dores de cabeça, febre, vômitos;
- excessiva insatisfação com características pessoais;
- e algumas crianças podem se tornar, aparentemente, mais agressivas.



Muitas vezes, a criança não sabe a quem recorrer quando é vítima de agressão. De acordo com o que observamos na clínica e na literatura do tema, isso ocorre por diversos motivos: por medo de maiores agressões; vergonha de se expor a situação; por achar que é merecedora das agressões; por falta de oportunidade de conversar, e etc. Por isso, é importante para os pais acompanharem a rotina de seus filhos e nunca dizerem a eles para "deixarem pra lá ", porque eles podem não querer mais recorrer aos pais, já que nada é feito e apenas "deixa-se pra lá"! Ensine formas de se defender, formas de como procurar ajuda, e se a criança for muito tímida e tiver dificuldades de interagir com outros, procure por ajuda de psicólogos para orientá-los.


E quanto aos agressores, os valentões, há algumas dicas do que os pais devem observar para descobrir se seus filhos são agressores (e possíveis autores de bullying):
- a criança apresenta comportamentos agressivos descontextualizados;
- faz muitas "brincadeiras" vexatórias (tira sarro dos outros) em alta frequência;
- parece não se importar com os sentimentos alheios;
- usa da força para resolver seus problemas.



É importante considerar que, em geral, essas crianças/adolescentes não são de fato alheios aos sentimentos dos demais, porém ao agredirem obtém muitas recompensas sociais. Ou seja, geralmente, são populares, muitos riem das suas piadas, tem muitos amigos (que podem sentir medo ou admiração), por isso a criança/adolescente "não vê problema" em debochar ou agredir os demais. 

Então pais, observem a gravidade de agressões frequentes tanto às vítimas (muito discutida em campanhas Anti-Bullying) quanto ao agressor que ao passar dos anos pode se tornar alheio à sociedade com padrões de comportamento inaceitáveis. Então, além de cuidar das vítimas, é importante ter em vista o que será que pode estar mantendo esses comportamentos agressivos. 

Vamos pensar da seguinte maneira: se uma pessoa só recebe atenção quando se engaja em comportamentos agressivos, talvez, para ela, pode parecer que somente será reconhecida se agir dessa forma. Não faz sentido? Tendo isso em vista, muitas vezes, somos nós, os adultos, que contribuímos para que esses comportamentos se mantenham. Então, preste atenção ao que está valorizando em seu filho(a). 

É importante atentar para uma outra coisa: Prestem atenção pais (e até mesmo professores) se você também não faz coisas bastante parecidas. Se você também coloca apelidos "inofensivos", faz brincadeiras um pouquinho vexatórias passando mensagens equivocadas para seus filhos. Não precisamos necessariamente racionalizar (pensar em demasiado) todas as relações, mas todos já ouvimos algo como "nossa ele tem o gênio do pai" ou "ele puxou para mãe", esses comentários são forte indícios de que os pais são grandes modelos de conduta para seus filhos.


Assim, não estamos culpabilizando pais ou professores pelos comportamentos de bullying de seus filhos ou alunos, apenas estamos querendo mostrar que os adultos tem ferramentas importantíssimas para o combate ao Bullying. Para tanto é essencial aprender como usá-las! E uma das formas foram discutidas hoje...

Observe, e tente mudanças... se sentir dificuldade, busque por profissionais da área que possa ajudá-lo(a).